21 de março de 2012

Semana do departamento de Ciências Sociais e Humanas

Entre os dias 6 e 10 de fevereiro, decorreu na Escola Básica 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho, a Semana do Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Durante a referida semana decorreram, na escola sede do Agrupamento, diversas atividades relacionadas com as disciplinas de História e Geografia, mas principalmente com o patrono da Escola, o navegador Rodrigues Soromenho.
No dia 6, 2ª feira, foram afixados os trabalhos, dos alunos dos 5º e 6º anos, alusivos ao patrono. Também neste dia decorreu a primeira eliminatória das Olimpíadas da História e da Geografia, um projecto que teve este ano a sua primeira edição e no qual participaram os alunos do 3º ciclo de todos os anos de escolaridade, 7º, 8º e 9º anos.
No dia 7, 3ª feira, decorreu a segunda eliminatória das Olimpíadas da História e da Geografia.
No dia 8, 4ª feira, teve lugar o Jogo da Glória, com perguntas relacionadas com o Patrono e com as disciplinas de História e Geografia, no qual participaram, os alunos do 6º ano de escolaridade.
No dia 9, 5ª feira, decorreu a final das Olimpíadas da História e da Geografia, da qual saíram vitoriosos três alunos de cada ano de escolaridade do 3º ciclo (7º, 8º e 9º anos).
No dia 10, 6ª feira, foi o "Dia da Escola e do seu Patrono". Neste último dia e para terminar, o "Navegador e o seu Pajem" visitaram as turmas do 5º ano de escolaridade e foram hasteadas as bandeiras de Portugal e do Agrupamento, ao som do hino da Escola.
Para encerrar a cerimónia, decorreu uma representação teatral que retratou o navegador Rodrigues Soromenho e o seu pajem (que o acompanha constantemente).
De realçar que todas estas atividades só foram possíveis graças ao apoio prestado pelos professores de Educação Musical, História, Geografia, Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica.

                                                                          Miguel Coelho, 9ºA

14 de março de 2012

Ondjaki na NRS


No dia 23 do mês passado, o escritor Ondjaki veio à nossa escola. Os alunos dos 7º e 8º anos estiveram presentes e participaram em várias atividades relacionadas com as obras deste autor angolano.

Os alunos do 7º ano representaram cenas de contos do livro Os da minha rua, tendo-se destacado a representação baseada no conto "A piscina do tio Victor", e leram textos coletivos elaborados a partir da leitura da obra referidas. As turmas do 8º ano participaram no filme O Padre, o Mar e o Faroleiro, feito a partir do conto com o mesmo nome, cuja história fala de uma mãe (Dª Odete) preocupada com o facto de o seu filho viver num farol isolado e que pede ao padre da terra que lá vá para ver se está tudo bem com Adelaide Mortinho, seu filho. Este conto, que pertence à obra Momentos de Aqui, conta também com a personagem Belito, o dono de um bar que é muito amigo do padre.

Para além do filme realizado pelas professoras Elsa Neves e Amélia Pires, os alunos do 8º ano também participaram num flashmob inspirado num poema do Ondjaki (“Ser, Ser”), que fala dos nossos sonhos e de os conseguirmos realizar se acreditarmos neles.

Como experiência pessoal, adorei atuar em ambas as atividades. Devo agradecer às professoras que me deram a oportunidade e a responsabilidade de ser a personagem principal. Para mim, a cena mais difícil de fazer foi aquela em que o padre fica emocionado com o mar e a sua beleza.  

Depois, houve um momento de perguntas a Ondjaki, durante o qual o escritor foi respondendo aos alunos com frontalidade e algum humor.

No final, as professoras dos 7º e 8º anos ofereceram a Ondjaki uma coletânea de textos produzidos pelos alunos destes anos.

A Escola ofereceu uma t-shirt com uma imagem do pontão de Sesimbra para o escritor não esquecer a nossa terra.
Gostávamos de o ter cá novamente!


                                                                Tiago Vidal, 8º D




Ondjaki escreveu no blogue do 7º ano:


"Caros amigos da escola NRS, vim só deixar o meu simples abraço, tão pequeno perto do enorme gesto (cultural, humano...) que foi (toda) a vossa apresentação........... esses momentos são aqueles que escolhemos guardar no nosso coração............ abraço-vos. Ondjaki "



Sessão com o autor Ondjaki

Ondjaki: Agora queria falar um bocadinho com os alunos. Muito boa tarde! Ainda estão bem? Ficaram contentes com o vosso trabalho? Muito bonito o vosso trabalho! Queria começar por agradecer o vosso convite, vou ser muito breve, já vamos passar às perguntas. Queria vos dizer que há duas coisas que eu precisava neste momento: uma era de uns óculos escuros para eu me esconder e outra era de um buraco para me esconder depois de pôr os óculos escuros. Quero vos agradecer muito. Ontem foi domingo, não é? Ontem, não sei porquê, eu acordei muito estranho, acordei muito triste. Isso às vezes acontece em vários momentos da nossa vida. Depois fui melhorando um bocadinho ao longo do dia. Sabia que eu tinha esta semana. Tenho uma semana muito complicada. Hoje é a terceira escola que estamos a visitar. Queria pedir-vos desculpa, o nosso atraso foi um pouquinho por causa do trânsito, mas foi porque demorámos um pouco ao sair da escola anterior. Mas, como calculam, foi também porque estivemos com outras pessoas e havia mais conversa…
Eu sabia que ia ter uma semana cheia de encontros. E estes encontros, às vezes, para mim são difíceis; às vezes, são simplesmente cansativos, mas às vezes não. Hoje já estive numa escola em que fui muito bem recebido, também fizeram alguns trabalhos, não tão elaborados como os vossos. E o vosso trabalho com a palavra, com o cinema, com o teatro, com a vossa entrega…Se fosse eu estava a morrer de vergonha de estar aqui à frente. Portanto, elogio, presto uma homenagem muito grande a todos os que filmaram, os que fizeram, os que prepararam, os professores… Deduzo que haja muito trabalho por trás disto. Eu não sei às vezes que fazer com isto que vocês me deram hoje. Sei que me tirou muita da tristeza que eu senti ontem, muita da tristeza que eu senti hoje. Ainda não sei o que é que eu vou fazer com as palavras, com os gestos e com a beleza que vocês me deram hoje. Muito obrigado! Obrigado!
E agora sim, temos perguntas? Olha, eu queria fazer um pedido. Como já falta pouco e somos muitos aqui dentro, quando os colegas estiverem a fazer uma pergunta, vamos tentar fazer um bocadinho de silêncio, está bem? E eu tento responder muito rápido que é para não vos tomar muito tempo. Se não vos apetecer ler as perguntas preparadas nos papéis, podem fazer outras perguntas. Eu já conheço essas perguntas dos papéis. Podem ficar à vontade. Há perguntas sobre futebol e sobre mulheres que às vezes não respondo…mas às vezes respondo.
 Aluno/a: Quem é a Ana Paula Tavares com quem troca cartas nos finais dos livros?
Ondjaki: Se tu soubesses quem é a Ana Paula Tavares, não fazias essa pergunta nesse tom. Ana Paula Tavares é uma escritora angolana lindíssima. Como dizem os cubanos,
 Guapíssima! Uma excelente pessoa , uma excelente poeta, mas infelizmente não tem idade para ser minha namorada, porque eu trato-a como mãe, ela é como se fosse minha mãe, ela é a minha segunda mãe. É uma senhora muito bonita, os poemas são muito bonitos! Vocês depois podem fazer uma pesquisa. Ela é uma senhora que me acompanha desde muito cedo, acompanha a minha escrita e, às vezes, quando eu acabo de escrever um livro, apetece-me escrever uma carta para ela e, felizmente, a ela depois apetece-lhe responder a essa carta. Quem sabe noutra existência!… Mas ela tem uma filha muito, mas muito jeitosa! Mas está casada com um senhor que é um amor de pessoa, portanto não devemos atacar. Vamos lá, outras perguntas?
Aluno/a: O que é que faz nos seus tempos livres?
Ondjaki: Olha, sabes que isto de ter tempos livres na vida de um escritor é uma contradição; é que algumas pessoas pensam que nós temos muitos tempos livres…É verdade que às vezes estamos a fazer coisas que aparentemente são nada, estamos a caminhar, estamos a observar, podemos estar a ver um filme…Eu acho que aquilo a que se chama tempos livres, onde eu mesmo não tenho obrigação de fazer nada, a coisa que mais gosto de fazer é nada, mesmo nada! Sabes, ter mais tempo para não fazer nada, mas é rigorosamente nada! Não é: “Agora vou estar aqui quinze minutos, então vou ler”. Não! Sento-me assim, olha vou te mostrar: “Ah! Que bem que estou aqui!” Eu não faço nada, isto é, é um exercício físico difícil, porque depois estou a olhar, estou a ouvir, estou a pensar no próximo livro. Portanto, eu acho que gosto de ler, gosto de passear, gosto de viajar, gosto de comer, mas agora como menos, porque estava a ficar um bocado gordo, gosto de beber, mas não faz bem muito bem à saúde, então bebo pouco também. Acho que gosto de ler, ver filmes.
Aluno/a: De todos os livros que publicou, de qual gostou mais?
Ondjaki: Gosto deles de maneira diferente, por razões diferentes. Sinceramente, não tenho um livro preferido. É a mesma resposta em todos os lugares.
Aluno/a: Qual dos contos do livro Os da minha rua é totalmente autobiográfico?
Ondjaki: Quase todos, quase todos são autobiográficos, simplesmente não são o que está no livro, o que está em cada conto. Às vezes é um bocadinho amentado, às vezes há coisas que não estão lá. O que eles fizeram no princípio, da Lara e da Virgínia, é totalmente verdade. E a Lara tinha um vozeirão! Era assim: “Ndalu, senta-te aqui. Dá-me um linguado.” [com voz enrouquecida] Não sabia se era a Lara, se era um lobisomem que estava ali, porque eu ia a passar perto de uns arbustos e ouvi a voz dela. “Ndalu, dá-me um beijo.”[novamente com voz enrouquecida]. Apanhei um susto! O salto com o Jika é verdade. Saltámos com o guarda-chuva azul e felizmente que não era muito alto. Saltámos de uma espécie de 1º andar e caímos no relvado. Eu deduzo que tinha seis, sete, entre os cinco e os sete, quando foi essa do salto com o Jika. A da Lara foi um bocadinho mais tarde.
Aluno/a: Já que os contos são quase todos autobiográficos, qual foi o que gostou mais de viver?
Ondjaki: Ou o que eu gostei menos, não é? Olha, vou contar-vos uma coisa que é verdadeira. Eu comecei a escrever algumas dessas estórias de Os da minha rua e mostrava a alguns dos colegas que ainda estão perto, que ainda conheço: a Petra, a Romina, o Claúdio, a Kali, a Catarina…a Catarina encontrei-a no outro dia…A Catarina aparecia n`Os da minha rua? Não, ela aparece num outro livro. E eles, ao ouvirem determinadas estórias lembram de outras. Então quando eu estava a escrever Os da minha rua, eu não me lembrava dessa estória do professor de Geografia. Sabes a estória? Lembras-te de qual é? E eu até estava a filmar um documentário, estava a fazer um documentário com um deles, que é o Maninho, e ele é que me lembrou da estória do professor de Geografia. E disse: “Lembras-te daquela vez que o professor de Geografia nos chamou de filhos da puta?” E eu não me lembrava! Eu disse: “O quê?!” E ele é que me contou tudo, percebes? Então nesse caso depois que ele me contou, eu relembrei. Mas às vezes…Qual é a preferida? Não sei, certamente não é a da Lara.
Aluno/a: Como é que é o seu dia a dia?
Ondjaki: Como é que é o meu dia a dia? Sabes como é que se faz quando uma pessoa nos faz uma pergunta difícil? Eu gostaria muito de te poder fazer essa pergunta. Olha, o meu dia a dia é escrever, às vezes dou aulas de escrita criativa. O ano passado terminei uma outra formação que eu estava a fazer na escola, mas era uma coisa à distância, era na Itália e eu vivo no Rio de Janeiro; então eu tinha de ir lá de vez em quando para falar com o meu professor. De vez em quando vou a Luanda, venho aqui, visito escolas. Passo muito tempo agora a responder a mails, porque me incomoda quando as pessoas  me mandam um mail e eu não sou capaz de responder. Então fico lá. Tenho agora 687 mails em atraso, porque guardo, não é, para responder. Este tenho de responder, este tenho de responder e depois nunca mais respondo. É isso. Passa-se muita coisa dentro da minha cabeça ao longo desses dias, mas isso aí não sei se eu próprio te sei explicar.   



Desafio


 Olá, leitores do blogue! A partir de hoje, lançamos um desafio por mês. Desta vez vimos propor-vos que adivinhem o que está numa imagem.

 Tentem lá adivinhar do que se trata!


                      Imagem cedida pela turma CEF do curso de fotografia

8 de março de 2012

Convite - Semana das Ciências Exatas e Experimentais

NOTA: Clica na imagem para visualizares o convite.

Oficina "É a arte que conta!", na BMS



No dia dos namorados, participámos numa oficina intitulada “É a arte que conta!", dinamizada pela Biblioteca Municipal de Sesimbra, na hora da aula de Língua Portuguesa, e que durou 1 hora e 30 minutos.

No início, explorámos um livro só com imagens intitulado Oh!, e em seguida passámos para a parte mais divertida.  A turma foi dividida em 3 grupos e a cada um foram dadas imagens da ilustradora Regina Pessoa, para que com elas construísse uma história. Primeiro, ordenámo-las na parede; depois, trocámos ideias em grupo, para a redigir. Por fim, um elemento de cada grupo leu a sua história.

No fim da sessão, vimos a curta-metragem História trágica com final feliz para confrontarmos a nossa versão com o original.

Gostámos muito da atividade, porque demos largas à nossa imaginação e nos divertimos imenso! A repetir!

Inês Caretas e Catarina Macedo, 7º B









Carnaval com humor...







Seleção e legendagem de fotografias por Beatriz Pinto, 5º E